Escolha o que fazer a respeito
escolha o que fazer a respeito
Sentimentos não são tudo isso que você pensa.
Os sentimentos foram desenvolvidos em nosso organismo com um propósito específico: nos ajudar a viver e a nos reproduzir melhor. Só isso. 
São um mecanismo de resposta cuja função é nos alertar de que algo é provavelmente bom ou provavelmente prejudicial. Nada mais, nada menos. 
Assim como a dor da queimadura ensina a não tocar o fogão aceso de novo, a tristeza de estar sozinho ensina a não repetir os comportamentos que causaram a solidão. 
Sentimentos são apenas sinais biológicos criados para empurrar as pessoas na direção de mudanças positivas. Olha, não estou tentando menosprezar sua crise de meia-idade ou o ainda não superado trauma de quando seu pai alcoólatra roubou sua bicicleta quando você tinha oito anos, mas, no final das contas, se você se sente mal, é porque seu cérebro está indicando a presença de algum problema não abordado ou não resolvido. Em outras palavras, sentimentos negativos são um chamado à ação.
Se você sente algo ruim, é porque precisa agir. Da mesma maneira, sentimentos bons são a recompensa por agir certo. Quando você se sente bem, a vida parece simples e basta aproveitá-la. Até que, como tudo o mais, a sensação boa desaparece, porque sempre surgem mais problemas.
Sentimentos fazem parte da equação da vida, mas não são a única variável. Não é porque algo causa uma sensação boa que é bom. Não é porque algo causa uma sensação ruim que é ruim. Sentimentos são apenas sinalizadores, conselhos dados pela neurobiologia, não ordens.
Portanto, nem sempre devemos confiar neles. Pelo contrário: acho que precisamos criar o hábito de questioná-los. Muita gente é ensinada a reprimir as emoções por diversas razões pessoais, sociais ou culturais, sobretudo as negativas. Só que, infelizmente, negar os sentimentos negativos é negar vários dos mecanismos de resposta que ajudam a resolver problemas. Como resultado, muitos dos indivíduos reprimidos têm dificuldade em lidar com os problemas ao longo da vida. E, se não conseguem resolver seus problemas, não têm como ser felizes.
Lembre-se: a dor tem um propósito. No entanto, há também quem se identifique demais com as emoções. Tudo se justifica apenas porque a pessoa se sentiu assim. “Ah, eu quebrei seu para-brisa, mas foi porque eu estava com ódio. Não pude evitar.” Ou: “Eu larguei a faculdade e me mudei para o Alasca porque senti que era o certo a fazer.”
Tomar decisões com base apenas no que seu coração manda, sem o auxílio da razão para se manter na linha, é pedir para dar merda. 
Sabe quem baseia a vida nas emoções? Crianças de três anos. Cachorros.Sabe o que mais crianças de três anos e cachorros fazem? Cagam no tapete.
A obsessão e a atenção exagerada aos sentimentos sempre falham pela simples razão de que sentimentos não duram. O que nos faz feliz hoje não nos fará feliz amanhã, porque nossa biologia sempre vai demandar algo mais.
A fixação pela felicidade inevitavelmente nos leva a uma busca incessante por “outra coisa” — uma casa nova, um relacionamento novo, mais um filho, mais um aumento. E, apesar de todo o nosso esforço, acabamos nos sentindo do mesmo jeito que no começo: insuficientes.
 Os psicólogos às vezes se referem a esse conceito como a “esteira hedonista”: a ideia de que estamos sempre nos esforçando para mudar nossa vida, mas na verdade nunca nos sentimos muito diferentes. É por isso que nossos problemas são recorrentes e inevitáveis.
A pessoa com quem você se casa é a mesma com quem você briga. A casa que você compra é a mesma que você reforma. O emprego dos seus sonhos é o mesmo que vai estressá-lo.
Tudo vem com um sacrifício embutido, ou seja, o que nos faz bem vai inevitavelmente nos fazer mal também. O que ganhamos também é o que perdemos. O que nos proporciona experiências positivas definirá também as negativas. Esse conceito é difícil de engolir. Nós gostamos de pensar que existe uma felicidade derradeira a alcançar. Gostamos de pensar que é possível alcançar um alívio permanente do sofrimento.
 "Chega de tentar buscar um sucesso que só existe na sua cabeça. Chega de se torturar para pensar positivo enquanto sua vida vai ladeira abaixo. Chega de se sentir inferior por não ver o lado bom de estar no fundo do poço".
Gostamos de pensar que é possível se sentir para sempre pleno e satisfeito com a vida. Mas não é.

Autor: Mark Manson
 Livro : "A sutil arte de ligar o f*das"

 
Quando o inimigo está dentro de você
"Auto sabotagem, é você estar com a faca e o queijo nas mãos pra fazer as coisas darem certo e acabar dando o queijo para os ratos e enfiando a faca no próprio pescoço".
Pessoas arrogantes adotam essas estratégias nos relacionamentos, assim como em relação a tudo o mais, a fim de evitar a responsabilidade pelos próprios problemas.

Autossabotagem.

autosabotagem ,Avestruz enterrando a cabeça na areia
Como resultado, têm relacionamentos frágeis e superficiais, porque evitam a dor em vez de promover uma verdadeira apreciação e adoração do parceiro.
 A propósito, isso não vale só para relacionamentos românticos, serve também para relacionamentos familiares e amizades. Uma mãe dominadora, por  exemplo, assume a responsabilidade por todos os problemas que surgem na vida dos filhos. A arrogância dela incentiva a arrogância nos filhos, que crescem acreditando que outras pessoas devem se responsabilizar pelos problemas deles.(É por isso que os problemas de relacionamento de um casal são assustadoramente semelhantes aos problemas de relacionamento dos pais de cada parceiro.) 
Quando a responsabilidade por suas emoções e ações está indefinida — quando não está claro quem é responsável pelo quê, quem é culpado de quê, por que você está fazendo o que está fazendo —, você nunca desenvolve valores fortes para si mesmo.
Seu único valor se torna fazer o parceiro feliz. Ou seu único valor se torna esperar que o parceiro o faça feliz. Isso é autodestrutivo, é claro. E os relacionamentos com essa característica costumam despencar como o Hindenburg(Dirigível construído na Alemanha Nazista,Famoso Zeppelin),com todo o drama a que se tem direito, fogos de artifício e tudo.
Ninguém pode resolver os seus problemas para você. E nem deveria  tentar, porque isso não vai fazê-lo feliz. Da mesma forma, você não pode resolver problemas alheios, porque isso não vai ajudar a fazê-los felizes.
Um relacionamento não saudável é quando duas pessoas tentam resolver os problemas um do outro para se sentir bem consigo mesmas. Um relacionamento saudável é aquele em que cada um resolve seus problemas para se sentir bem com o outro. Definir limites adequados não significa que você não pode ajudar ou apoiar seu parceiro ou receber ajuda e apoio. Os dois devem se apoiar mutuamente. Mas que seja por escolha própria, não por se sentirem obrigados a isso ou no direito de exigir.
Pessoas arrogantes que culpam os outros pelos sentimentos ruins e pelo que fazem de errado agem assim por acreditar que o papel de vítima vai em algum momento atrair alguém para salvá-las, e assim elas receberão o amor que sempre desejaram.
Pessoas arrogantes que assumem a culpa pelo que o outro sente de ruim e o que o outro faz de errado agem assim por acreditar que, ao “consertar” e “salvar” o parceiro, receberão o amor e o reconhecimento que sempre desejaram.
Esses são o "yin e o yang" de qualquer relação tóxica: a vítima e o salvador, o que causa incêndios porque se sente importante fazendo isso e o que apaga os incêndios porque se sente importante fazendo isso.
Esses dois tipos de pessoas são atraídos fortemente um para o outro e geralmente acabam juntos. Suas patologias combinam à perfeição. Em geral, esses indivíduos têm pais que também apresentam uma dessas características. Desse modo, seu modelo de um relacionamento “feliz” é baseado em arrogância e limites fracos. Infelizmente, nenhum dos dois consegue satisfazer as necessidades reais do outro. Na verdade, o padrão exagerado de culpa e aceitação da culpa que os dois adotam perpetua a arrogância e os valores rasos, o que, por sua vez, os impede de ter suas necessidades satisfeitas.
 A vítima cria cada vez mais problemas para serem resolvidos — não porque surjam novos problemas reais, mas porque assim ela ganha atenção e afeto. E o salvador só resolve e resolve sem parar — não porque realmente se importe com os problemas, mas porque acredita que fazendo isso vai ganhar atenção e afeto.
Ambos os comportamentos têm motivações egoístas e condicionais e, portanto, são autossabotagem. Nesses cenários, pouco se vivencia o amor genuíno.
Se a vítima amasse mesmo o salvador, diria: “Olha, este problema é meu e você não precisa resolvê-lo para mim. Só preciso que você me apoie enquanto vou resolvendo.”
Essa seria uma verdadeira demonstração de amor: assumir a responsabilidade pelos próprios problemas e não jogar a responsabilidade para o parceiro. Se o salvador realmente quisesse salvar a vítima, diria: “Olha, você está culpando os outros pelos seus problemas. Você é quem deve resolvê-los.” E, embora pareça estranho, essa seria uma verdadeira declaração de amor.

Seria ajudar alguém a se resolver. Em vez disso, porém, vítimas e salvadores usam um ao outro para obter euforias emocionais.
É como um vício que satisfazem mutuamente. O irônico é que, quando se deparam com parceiros emocionalmente saudáveis, em geral esses indivíduos se sentem entediados ou alegam não ter “química”. O descarte de indivíduos emocionalmente saudáveis e seguros se dá porque os limites sólidos desses parceiros não são “empolgantes” o suficiente para estimular constantes euforias na pessoa arrogante.
Para as vítimas, a coisa mais difícil de se fazer neste mundo é se responsabilizar por seus problemas. Elas passaram a vida toda acreditando que seu destino está nas mãos dos outros.
O primeiro passo para assumir a responsabilidade por si mesmas é apavorante. Para os salvadores, a coisa mais difícil de se fazer neste mundo é parar de tomar problemas alheios para si.
Eles passaram a vida toda sendo valorizados e amados quando ajudavam alguém, e abrir mão dessa necessidade de ser recompensados por boas ações também é assustador.
Se você faz um sacrifício por alguém de quem gosta, isso deve ser feito por vontade própria, não por obrigação ou por temer as consequências de não fazê-lo. Se seu parceiro faz um sacrifício em seu nome, que seja um gesto altruísta, e não porque você manipulou o sacrifício por meio de raiva ou culpa.
Atos de amor só são válidos se livres de condições ou expectativas. Pode ser difícil reconhecer a diferença entre fazer algo por obrigação ou voluntariamente. Então, eis um teste para o salvador.
Pergunte a si mesmo: “Se eu me recusasse a fazer esse gesto, o que mudaria no nosso relacionamento?”
Para a vítima, a pergunta seria: “Se meu parceiro se recusasse a fazer algo por mim, o que mudaria no nosso relacionamento?”
Se a resposta é que a recusa causaria uma explosão de drama e pratos quebrados, é mau sinal. Isso sugere que seu relacionamento é condicional, ou seja, baseado em uma troca de benefícios superficiais, não em uma aceitação incondicional mútua (o que inclui aceitar os problemas um do outro). 
Pessoas com limites fortes não têm medo de chiliques, discussões ou tristeza. Pessoas com limites fracos morrem de medo dessas coisas e sempre moldarão o próprio comportamento para se adequar aos altos e baixos da montanha-russa emocional do relacionamento.Pessoas com limites fortes entendem que não é razoável esperar que duas pessoas cedam cem por cento e satisfaçam todas as necessidades uma da outra.Pessoas com limites fortes entendem que às vezes podem ferir os sentimentos de alguém, mas que, no fim das contas, não podem determinar como os outros se sentem. Pessoas com limites fortes entendem que um relacionamento saudável não se baseia em um controlar as emoções do outro, mas em um apoiar o outro em seu crescimento individual e na resolução de seus próprios problemas.
Não se trata de se importar com tudo que importa para seu parceiro, e sim de se importar com seu parceiro. Isso é amor incondicional, queridos.

Autor: Mark Manson
"A Sutil Arte De Ligar o F*Da-Se."
É um livro mais sincero que você vai encontrar.



Talvez não seja sobre apego, talvez seja sobre deixar ir.
Ir embora e deixar ir é um ato de valentia e autoconhecimento.
Conhecer-se e ir embora ,mas deixar ir também.
Às vezes parece que o amor é um conceito estranho que você ouve as pessoas falando, mas realmente não entende. Às vezes parece que o amor não chegará para nós, embora que seja algo que nunca temos certeza disto, ainda é possível tirar o melhor proveito de uma nova jornada.Em algumas ocasiões o que deixamos ir já foi algo em que confiamos em certo momento, e que em muitos casos nos fez feliz. Alegrias, amor e esperança de antes explicam a dor de depois, e também a dificuldade para compreender que é melhor se desprender da pessoa ou situação.
Talvez sua jornada agora seja sobre mudar sua própria vida.Talvez seja sobre redefinir o amor e o que isso significa para você ou talvez seja sobre deixar todos os restos do seu coração partido para que você possa amar com todo o seu coração novamente. 
Talvez por enquanto, sua jornada é esquecer seus ex e seu passado e se concentrar a seguir em frente. Na realidade não é fácil assumir isso que nos dizem tantas vezes, de que a vida é deixar-se levar, permitir-se fluir, sem resistência. Como conseguir isso?As pessoas precisam de segurança no dia a dia, e precisam também de alguém que seja conosco hoje do mesmo jeito que foi ontem.
É necessário saber perceber onde estão nossos limites e o que é aquilo que queremos de verdade para nós mesmos.
Somos conscientes de que ninguém tem a felicidade garantida na palma da sua mão; temos o direito, no entanto, de entrelaçar nossos dedos em determinado momento em outra mão que nos enche de emoção e que, de algum modo, nos oferece bem-estar.
Talvez conhecer um grupo de pessoas que te inspire a viver melhor, a ser melhor, a aprender alguma coisa ou talvez se iluminar com a sabedoria deles, com as histórias deles e os momentos que mudaram suas vidas. 
Toda experiência vale a pena porque é vida vivida, porque quem nega e esquece não assume, não cura e não aprende.Entender que deixar ir também é crescimento.
Algum dia tudo terá sentido, a dor de agora, o caos e as incertezas por deixar ir o que antes nos definia. O amanhã nos trará coisas muito melhores porque, lembre sempre, tudo acontece por alguma razão.
Talvez nessa jornada não seja sobre amor, talvez seja sobre propósitos,encontrar a paixão e segui-la, ou talvez seja sobre mudar para uma nova cidade e encontrar um outro lado da vida que te anima.
Talvez seja sobre viajar e perambular pelo mundo até encontrar algum significado que representaria melhor nossa vida ou até sobre descobrir exatamente para que você nasceu.Talvez seja sobre encontrar um novo passatempo, um novo talento,uma nova perspectiva. Talvez não seja sobre intimidade, talvez seja sobre inspiração.
Às vezes o meu ,o seu mundo fica tão solitário e começamos a pensar em todas as vezes tivemos o coração partido e todas as vezes que desejamos ter alguém especial ao lado e o dividimos com quem não merece nossa essência.
Amar é também aprender a deixar ir, porque é quase sempre o amor que causa maior sofrimento.
Só quando aceitarmos que algumas coisas não estão destinadas a ser nos permitiremos ser livres para encontrar novas felicidades.Uma boa autoestima e uma atitude forte que defenda nossa própria dignidade será sempre o que nos guiará para longe dessas situações, que nos ajudará a não nos imobilizarmos quando submetidos ao sofrimento. Porque amadurecer também é deixar ir quem não quer ficar.
Talvez seja sobre fazer as coisas sozinho para que possamos realmente ouvir sem interrupções nossos pensamentos, para que possamos tomar nossas próprias decisões que não são influenciadas por outras pessoas e talvez se inspirar em nós mesmos; nossas forças,nossas habilidades,nossas batalhas e histórias vividas até aqui.
Quem se apega ao passado escraviza seus pensamentos, sua mente, seu coração e sua alma. O ontem não se pode apagar, nem editar, nem ao menos podemos esquecê-lo facilmente. 
Não podemos mudar as pessoas, nem obrigá-las a nos querer como nós desejamos… Há aspectos de nossa vida que para serem superados precisam, primeiro, ser aceitos.
Talvez seja sobre se reconstruir ou talvez seja sobre simplesmente ir embora ,afastando-se de tudo, do que você costumava conhecer, de quem você costumava ser e indo em outra direção onde as coisas melhores esperam – Talvez sua jornada não seja sobre encontrar amor, talvez seja sobre amar a si mesmo,de outra forma,outros conceitos.
Talvez seja sobre a reconstrução de si mesmo ou talvez seja sobre ir embora.

Fonte: Thought Catalog

O silêncio que nos engole
"Não somos responsáveis pelas emoções, mas sim pelo que fazemos com elas".
Inúmeros artigos, livros e vídeos comportamentais nos alertam para a necessidade de falarmos o que pensamos, de nos colocarmos diante de quem agride, de chorarmos quando estivermos tristes, enfim, a regra é clara: em certas ocasiões, ou superamos o silêncio, ou o silêncio nos engole.
Silêncio que nos engole
Tudo o que vai se acumulando dentro de nós acaba por pesar, por incomodar, pois ninguém consegue simplesmente enterrar o que incomoda, em segredo. Não se colocar, não falar o que pensa equivale a anular-se, a se tornar alguém invisível – e ninguém presta atenção em quem não parece existir. Dessa forma, seremos alvos daqueles que necessitam humilhar e agredir o próximo, para fugir ao enfrentamento de si mesmo.Nem tudo cabe dentro de nós, nem todos os sentimentos irão se acomodar confortavelmente em nosso íntimo, por isso é que a atitude de expressar-se e deixar bem claro os próprios limites é tão providencial.Estamos cansados de saber que silenciar sentimentos faz mal e adoece. No entanto, nem todo mundo consegue expor o que sente, falar o que incomoda a quem precisa ouvir, pois muitos fatores compõem a personalidade de cada pessoa. 

 Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo.-Oscar Wilde-
Além disso, existe uma diferença entre ser sincero e ser agressivo, o que intimida ainda mais alguns indivíduos, que temem magoar o outro.Vale lembrar que tão importante quanto dizermos o que incomoda é a forma de como o fazemos. Caso sejamos destemperados e agressivos, provavelmente nos arrependeremos mais tarde e de nada terá adiantado nos expressarmos, pois carregaremos um novo sentimento de culpa. Além disso, é preciso escolher a quem poderemos expor nossos sentimentos, para que não os usem contra nós mesmos, da pior forma possível.
Uma coisa é certa: todos os sentimentos amargos que engolimos durante o dia acabam não sendo digeridos e se tornarão problemas, que deverão ser encarados lá na frente. O melhor sempre será tentarmos resolver as pendências o quanto antes, sejam elas da vida, sejam emocionais, porque postergar as soluções equivale a postergar a felicidade. 

E a felicidade é urgente e necessária, todos os dias, todas as noites, para dormirmos profundamente e acordarmos renovados.
                                                       
                                                                          Escrito originalmente por :Prof.Marcel Camargo

Seja legal,mas não seja trouxa
Chega um determinado tempo de nossas vidas que vamos nos desprendendo de alguns conceitos aceitos de nossos pais, de acreditar em uma sociedade ainda em processo de lapidação para tentarmos outras opções de bem estar.
Nesses rompimentos de vida temos que aprender a desconstruir alguns princípios para nos tornarmos livres.
E nessa possibilidade de melhoria pessoal, percebemos que sermos bonzinho demais não nos permite que os outros façam de nós o que bem quer, porque não existe amor ou consideração , quando há humilhação e amém para tudo e todo mundo .
Todo mundo tem o direito de pedir o que quiser, entendendo que o outro tem o direito de decidir se o atende ou não. Portanto, você não tem obrigação de atender. Você tem o direito de dizer não sem sentir culpa.Ser legal não é ser trouxa
Não transforme a passividade em agressividade. O que lhe trará equilíbrio e respeito é a assertividade. Diga não, mas com elegância.Compreenda que ninguém ama, respeita ou admira pessoas boazinhas ao extremo. Ao contrário: as exploram, abusam e sentem pena...

Um agrado aqui ,outro agrado lá .Proteção. Troca de favores...enfim,aquela rasgação de seda do "cacete". Não podemos vender nossa alma. Não podemos nos permitir ficar devendo.
 “Ser bom não é defeito. Porém, os bons também dizem não. Quem é bonzinho demais prejudica a si mesmo, pois muitas vezes acaba ajudando pessoas que não merecem ou que abusam”... “Ainda assim, é melhor ser bom do que se fechar para as pessoas. Mas com equilíbrio”...
Quantas vezes nos entregamos por carência. Quantas vezes agradamos algumas pessoas mesmo sem vontade. Quantas vezes dizemos palavras para agradar, apenas,hein!. Quantas vezes nos colocamos entre a cruz e a espada para não frustrar alguém. Quantas vezes fingimos que tudo está bem só para não magoarmos. Quantas vezes somos bondade,somos simpatia ,amor gratuito
e também trouxa .
A insatisfação também nos relacionamentos ocorre quando há um desnível entre um e outro; quando a pessoa dá mais do que recebe. “Sendo assim, o vínculo não é saudável e alguém se sente usado. As pessoas precisam ser felizes nos relacionamentos! Não há porque manter relações desniveladas”...

O que não dá pra entender,as vezes até compreender,porque tem tanta gente que é um inferno ao nosso lado, que finge ser bom ,mas não é .E nunca foi !
Vivemos, às vezes, um círculo vicioso desordenado, porque aprendemos que ser bom é melhor do que ser qualquer outra coisa. Tudo bem! Eu acredito na bondade, mas não acredito em bonzinhos demais ao nosso redor , porque tudo cansa, e coloca cansaço nisso! 
Ser uma pessoa boa é totalmente diferente de ser trouxa, de ser capacho, de ser perfeito. É possível sim,acreditar nas pessoas que se doam e se desdobram em ser bonzinho, mas não acredito em alguém que se permite ser “qualquer um” para ser bom.
Bondade é o sinônimo da gratidão, e trouxa é sinônimo de idiota mesmo !  Pessoas do bem impõem limites e sabem a definição de amor perfeito. Não se pode abaixar muito, porque senão acaba perdendo o controle e caindo.
A vida , às vezes, é bem sacana e cruel conosco, eu até compreendo as vezes . Mas,. não somos nada, não sou nada ,apenas o que podemos fazer é questão de não sermos mais trouxa.
Ser bom não tem limites, mas ser trouxa, não tem nada de cristão modelo, porque santo de verdade tiveram seus pecados tão parecidos quantos aos nossos. Ainda não cheguei naquela bondade perfeita,melhor dizendo, paciência de Jó. 
Ainda estou na fase para tentar o meu melhor, às vezes erro feio, outras ganho, mas continuo tentando.
Talvez não seja a questão de sermos bons, mas de sermos justos.
Deixei de ser trouxa quando percebi que não tem nada melhor do que ser bom. Ser bom é ser de tudo um pouco, mesmo que medindo, errando, acertando e perdoando… ás vezes sendo chato também. 
Agora, eu imponho, coloco meus pontos de vistas e não permito que pisem em mim.Ser trouxa tem limite, é verdade. E ser bonzinho, bem trouxinha mesmo, não te leva e nem me guia para lugar algum, apenas nos deixa irritado e doente da alma, porque a raiva consegue te fazer uma pessoa ruim.
"Sempre existem aqueles momentos em sua vida, em que você não sabe, se foi um trouxa, ou a pessoas mais legal do mundo, quando aceitou alimentar um sentimento, que a outra pessoas estava descobrindo, e descobriu na duvida confusa, que tinha um carinho bem diferente por você".
Ser trouxa tem limite, e ser bonzinho demais não te leva ao céu.

Ser Zen é fluir com o fluir da vida
Zen é um nome japonês da tradição Chan que surgiu na China e junta as suas origens ao Budismo. A pratica do Zen é um tipo de meditação contemplativa que visa levar aquele que pratica a uma experiência direta da realidade.O termo zen também é muito utilizado por pessoas que procuram levar uma vida tranquila, não necessariamente que sejam adeptas ao budismo, mas que procuram evitar problemas e manter sempre a mente tranquila.Zen virou um adjetivo para caracterizar pessoas calmas, distraídas ou boas demais. ... Mas ser Zen “é estar ativo em tranqüilidade e tranquilo em atividade”, como ensina Buda.
Ser Zen é estar bem em tudo
Esse é apenas um dos princípios da escola Soto Zen do budismo japonês, fundada no século 13.
 
“Ser e não é ficar numa boa o tempo todo, de papo para o ar, achando tudo lindo sem fazer nada.
Ser zen é ser ativo. É estar forte e decidido. E caminhar com leveza, mas com certeza. É auxiliar a quem precisa, no que precisa e não no que se idealiza.
Ser zen é ser simples. Da simplicidade dos santos e dos sábios. Que não precisam de nada. Nada mais que o necessário. Para o encontro, a comida, a cama, a diversão, o trabalho.
Ser zen é fluir com o fluir da vida. Sem drama, sem complicação. Na hora de comer come comendo, sem ver televisão, sem falar desnecessário. Sente o sabor do alimento, a textura, o condimento. Sente a ternura (ou não) da mão que plantou e colheu, da terra que recebeu e alimentou, do sol que deu energia, da água que molhou, de todos os elementos que tornam possível um pequeno prato de comida à nossa frente. Sente gratidão, não desperdiça.
Come com alegria. Para satisfazer a fome de todos os famintos. Bebe para satisfazer a sede de todos os sedentos. Agradecendo e se lembrando de onde vem e para onde vai.
A chuva, o sol, o vento, o guarda, o policial, o bandido, o açougueiro, o juiz, a feiticeira, o padre, a arrumadeira, o bancário e o banqueiro, o servente e o garçom, a médica e o doutor, o enfermeiro e o doente, a doença e a saúde, a vida e a morte, a imensidão e o nada, o vazio e o cheio, o tudo e cada parte.
Ser zen é ser livre e saber os seus limites.
Ser zen é servir, é cuidar, é respeitar, compartilhar.
Ser zen é hospitalidade, é ternura, é acolhida.
Ser zen é morrer.
Morrer para a dualidade, para o falso, a mentira, a iniqüidade.
Ser zen é renascer a cada instante. Na flor, na semente, na barata, no bicho do livro na estante.
Ser zen é jamais esquecer de um gesto, de um olhar, de um carinho trocado no presente ,futuro­ e passado.
Ser zen é não carregar rancores, ódios, cismas nem terrores.
Ser zen é estar presente. Aqui, neste mesmo lugar. Respirando simplesmente, observando os pensamentos, memórias, aborrecimentos, alegrias e esperanças.
Quando? Agora, neste instante. É estar bem aqui onde quando se fala já se foi. Tempo girando, correndo, passando, e nós passando com ele. Sem separação.” 

 -Monja Coen- 
O carente é um eterno insatisfeito
Uma dose de sofrimento e carência é natural e até saudável. Mas se durar demais e prejudicar a pessoa, é preciso procurar ajuda. 
Carência nos leva a construir castelos de areia, acreditando que estes suportarão as mais intensas tempestades.A carência tem o poder de transformar vontades em necessidades, de forma que a pessoa carente abrace qualquer coisa como sendo a melhor opção para a vida dela.Aliás, optar e escolher não são atitudes comuns para as pessoas carentes, as quais acabam se prendendo às escolhas das outras pessoas.
Mas a pior consequência da carência é nos manter aprisionados em relacionamentos prejudiciais, nocivos e fracassados, através da ilusão de que aquela condição infeliz é o máximo que podemos alcançar em nossas vidas.

Dizer que quem ama não enxerga os defeitos é o slogan da pessoa carente.

Carencia é miopia do coração

A carência é uma ladra silenciosa e sedutora que furta de nós a possibilidade de vivermos o nosso melhor.
A carência é a miopia do coração, que turva a nossa visão para os defeitos e faz apenas as qualidades da outra pessoa se ressaltarem. E pior ainda, muitas vezes nos faz enxergar no outro algumas virtudes que nunca existiram.
Para te ajudar a entender se a sua carência é passageira ou se é melhor procurar ajuda profissional, psicólogos explicam o que tornam uma pessoa carente.
-Baixa autoestima:O que está por trás do comportamento de alguém que se sente bem na presença do parceiro, mas sofre de carência na ausência dele, é a baixa autoestima. “É como se a pessoa buscasse no outro aquilo que não sente por si mesma. Ela acaba entrando em um processo de dependência muito grande”.
Problemas de autoestima acabam com o equilíbrio do relacionamento. “No início, quando ninguém tem certeza se a relação vai dar certo, é normal que haja medo. Isso, normalmente, é amenizado à medida que o envolvimento evolui. Mas as pessoas carentes têm os sentimentos de insegurança e medo de perda ainda mais fortes conforme a relação se fortalece”.
Como resultado do medo de tomar um fora a qualquer momento, a pessoa com baixa autoestima começa a cobrar mais o parceiro, a pressão aumenta, os pedidos de provas de amor são cada vez mais frequentes e ela se mostra excessivamente pegajosa e possessiva. “Ela revela a necessidade de uma atenção intensa que nunca conseguirá”.
Esse tipo de pessoa está sempre carente;quando não tem ninguém, sente-se assim por temer a solidão; quando tem, age desse modo por ter receio de perder o outro. “Para não tomar um fora, a pessoa tolera maus tratos, humilhações e se torna dependente do outro”.

– Pais inconstantes:Quem tem propensão a ser carente pode ter sido uma criança criada por alguém inconstante. “Se a mãe um dia era carinhosa e, no outro, fria, a criança se torna ansiosa, pois nunca sabe se o outro estará presente ou não”. Na vida adulta, ela se torna insegura, ciumenta, possessiva e grudenta.
– Superproteção na infância:Nem só de falta de carinho e atenção na infância é feita uma pessoa carente ,o excesso de atenção também pode levar uma criança a ser carente quanto adulta.É comum que quem foi superprotegido e mimado na infância exija muita atenção, algo com o qual sempre esteve acostumado. “Pessoas superprotegidas, sempre consideradas coitadinhas pela família, não foram estimuladas a acreditar que podem ser autossuficientes. Esperam e exigem muito dos relacionamentos”.
– Rompimento traumático:Há também fases de carência situacionais, com origens mais recentes e mais fáceis de serem superadas. Uma delas é consequência de um rompimento. “Alguns tipos de desfecho afetivo deixam a gente carente, mexem com o nosso amor próprio, que fica ferido depois de um fora. Mas, com o tempo ou um novo amor, você se renova”.
 – Situações de desamparo:A carência momentânea também pode surgir se a pessoa perde o emprego, recebe uma crítica muito violenta e inesperada ou sofre com a morte de alguém próximo. “Qualquer situação grave, que gere angústia, leva ao desamparo. E uma pessoa desamparada tem maior tendência a se sentir carente”.

– Resquícios de um relacionamento:Experiências afetivas anteriores podem tornar a pessoa carente. “Uma pessoa que costumava ser independente, mas vivenciou um relacionamento que estimulava a dependência e o abandono dos amigos, está sujeita a sofrer assim que houver o término”.
 A carência também pode ser um traço de personalidade. “Pessoas muito vorazes dificilmente se satisfazem na vida”. E esse desejo de querer sempre mais também acontece nos relacionamentos, onde há a tendência de se mostrar carente.
Aqueles que se vitimizam também são fortes candidatos à carência. “São pessoas que gostam de se colocar em uma situação de maior sofrimento e costumam culpar sempre o outro por sua dor. É como se não fossem responsáveis por suas vidas”.
O carente é um eterno insatisfeito, quanto mais recebe, mais exige, porque o ego demanda sempre a satisfação de seus caprichos, tornando-se a origem de todas as nossas aflições.“Se desejas o amor de plenitude, canaliza as tuas forças para a caridade, transformando as tuas ansiedades em bem-estar noutros muito mais necessitados do que tu”.
E a pergunta principal: Você consegue ser feliz sem ninguém? 
Este é o teste da carência. Porque a pessoa carente acredita que só pode ser feliz tendo outra pessoa ao seu lado. Enquanto, na verdade, você só será feliz com alguém quando conseguir ser feliz com si mesmo, indiferente se você encontra-se em um sábado à noite em uma balada vip, ou em casa assistindo a um filme, ou ao seu seriado preferido, com um balde de pipoca.
Então, analise seus relacionamentos! Diariamente você decide permanecer com alguém, por que a relação te faz bem ou por que ele(a) supre sua carência? 

Para ser completo é preciso mergulhar em si mesmo, buscar o silêncio interior para despertar a consciência de que a fonte da felicidade jorra de dentro para fora. Ninguém é capaz de nos fazer felizes, senão nós mesmos. “carência de hoje, foi desperdício de ontem”, não desperdicemos, então, a oportunidade de darmos afeto hoje, pois amanhã, de origens sublimes, receberemos toda atenção de que precisamos. Há mais amores que o romântico.
"O sofrimento, quando é maltratado, transforma-se frequentemente em sintoma. E o sofrimento é maltratado quando recusamos a ele três condições: a palavra ou a escuta, o compartilhamento e o reconhecimento.Argumentar que qualquer coisa é depressão, transtorno de pânico ou déficit de atenção ou processamento auditivo, assim como dizer que se trata de baixa autoestima, ou de falta de vergonha na cara são formas frequentes de nomear algo apenas para não fazer nada a respeito".
“Se desejas o amor de plenitude, canaliza as tuas forças para a caridade, transformando as tuas ansiedades em bem-estar noutros muito mais necessitados do que tu”.
TEXTO ORIGINAL DE UOL. 
‹‹ Postagens mais recentes Postagens mais antigas ››