A sorte segue a coragem?

Uma das coisas que mais preocupam é o hábito de algumas pessoas atribuírem a forças externas, quase que místicas ou mágicas, os acontecimentos favoráveis ou desfavoráveis na vida delas. Claro que existem situações que podem ser prejudiciais e que não dependem do desejo ou da procura da pessoa. 
Assim como há muitas circunstâncias que podem beneficiá-la sem que ela
necessariamente as tenha procurado. Por vezes, empreendemos ações com determinada intenção e o resultado não aparece ou não da maneira esperada. Outras vezes, não despendemos energia em busca de algo que acaba se realizando. Aquilo que eu não procurei e veio – seja bom ou mau – e aquilo que eu procurei e não veio – seja bom ou mau.


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Nesse sentido, a percepção de sorte se aproximaria de uma bênção, como se a pessoa fosse apaniguada, agraciada com uma proteção especial e, portanto, recebedora de um favorecimento. A ideia de que existe uma força que independe da intenção, que cuida, protege (ou pelo menos o fez em determinada situação), ultrapassa a nossa capacidade de ação e até os limites do mundo humano.
Essa circunstância é uma casualidade positiva, assim como existe a casualidade negativa. Por isso, a ideia de sorte está, em grande medida, ligada ao fato de não compreendermos os motivos pelos quais as coisas acontecem. Alguns povos usam a expressão “sorte” tanto no sentido positivo quanto no negativo. Seu significado seria muito mais próximo de ocasião, circunstância.
Em sua obra, o filósofo italiano Maquiavel (1469-1527) trabalhou os
conceitos de fortuna, que é o acaso, a sorte (favorável ou desfavorável), e virtù, o gesto deliberado, intencional, em busca de realizar, de empreender, de ordenar as coisas.
A ocasião pode surgir como resultante de eventos sincrônicos, mas é preciso estar preparado para aproveitá-la. E preparado nos dois sentidos que a palavra pode ter: disponível para buscar e competente para fazê-lo. 
Nós temos de criar as nossas condições para lidar com a ocasião, nós temos tempo para o fazer, mas não temos todo o tempo do mundo…
A coragem não é uma disposição eufórica! É necessário partir do pressuposto de que, se há despreparo, não é coragem, mas sim uma atitude temerária, impulsiva e leviana.

A concepção de coragem se refere a uma força virtual (no sentido de que tem potencial para se realizar), que se dá de forma organizada e consciente. Essa força se caracteriza por ser uma disponibilidade, uma inclinação para uma ação eficaz, mas que precisa estar estruturada.

Imaginar que coragem é meramente essa euforia preparatória e que seria suficiente para lançar-se em alguma atividade só faz aumentar a probabilidade de desastre.
Por isso, a sorte segue, sim, a coragem!

Veja os 5 pontos Livro aqui : 'A Sorte Segue A Coragem! - Oportunidades, Competências E Tempos De Vida' por : 
Mario Sergio Cortela 

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