Vida no passado e futuro

É certo que o passado exerce grande influência sobre o que somos hoje.

No entanto, é simplesmente isso. É um grave erro ficar preso no passado ou culpando uma história pregressa, suas marcas e suas dores, revivendo-as, ou mesmo, saudosamente, suspirar querendo que algo bom retorne. Culpar os pais por algo que fizeram ou que se deixou de fazer, pelo que se teve ou pelo que fez falta; culpar a Deus pelas dores e marcas que geraram grandes cicatrizes em nossa vida.
Future, pass,Homem perto do relogio
A crítica que teço aqui não diz respeito a negar tudo o que é passado, pelo contrário. Nossa história, em suas alegrias, lutas, derrotas e perdas, faz parte, inquestionavelmente, do que somos hoje.
O problema é permanecer com os olhos voltados para trás. É ficar como a esposa de Ló (A história da mulher de Ló está registrada em Gênesis 19:26), presa no que passou, o que fez com que ela virasse uma estátua de sal. Quantos homens que conheço são assim: revivem cada dor do passado, daquilo que nem sequer podem modificar, e não têm forças para virar o pescoço e perceberem-se como personagens principais em sua própria história. Congelados constantemente, enquanto o tempo e a vida passam.
A vida no futuro
Do mesmo modo, há quem nunca toque a realidade, porque, justamente, está sempre com os pensamentos fixos no que virá. E não digo em relação à santidade, ao Céu ou ao encontro com Deus na eternidade, mas sim, nos sonhos que tem, nos bens que pretende conseguir, no futuro brilhante que tem pela frente… em projetos que podem nunca virem a se concretizar. É como uma criança que sonha com suas histórias, em ter os poderes do super herói preferido, de salvar o mundo ou coisa do tipo. Não estou dizendo, de modo algum, que planejar, se preparar, construir sua vida com prudência é algo ruim. Pelo contrário, isso é o que o Nosso Senhor Jesus Cristo ensina no Evangelho de São Lucas:
“Quem de vós, querendo fazer uma construção, antes não se senta para calcular os gastos que são necessários, a fim de ver se tem com que acabá-la? Para que, depois que tiver lançado os alicerces e não puder acabá-la, todos os que o virem não comecem a zombar dele, dizendo: Este homem principiou a edificar, mas não pode terminar.” (Lc 14, 28-30)
Algo que pode passar despercebido no texto do Evangelho é que a prudência está justamente na capacidade de se olhar o futuro, sim, mas com os pés enraizados no presente. Do contrário, há grandes chances de o empreendimento não ser bem-sucedido.
Há um grande abismo que nos faz perceber quando um homem atingiu a maturidade necessária: ele não vive preso ao passado e nem se prende a devaneios acerca do futuro; um homem maduro vive o hoje, o momento presente.
Texto completo no site :brav.us pela hombridade. 
Por: Rodrigo Nascimento. 

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