Desde a infância, vamos construindo uma identidade inventada, que acaba se tornando a causa de alguns conflitos pessoais.
Uma espécie de segunda identidade que dificulta a tarefa de saber quem realmente somos e de onde vem os nossos problemas.
O vício em relacionamentos pessoais consiste em usar pessoas para preencher um vazio ou uma dor. Quando duas pessoas estão em um terreno movediço, estão predestinadas a viverem uma experiência ruim: uma crise de casal. No entanto, uma crise no relacionamento pode até ser benéfica "se" ajudar o casal a se entender melhor: é a oportunidade perfeita para corrigir as manifestações do ego a partir da prática no dia a dia.O auto-engano tem muitos nomes.
O ego também é conhecido como uma auto-imagem construída, ou falso eu. Na realidade, o nome não importa, o importante é perceber que o ego é uma criação mental, ou uma falsa identidade, mas não é real.
É importante detectar quando ele está ativo.
Isso ocorre quando estamos diante de situações que nos fazem querer ter razão em tudo a todo o custo, se queixar e se fazer de vítima, julgar e rotular pessoas, atacar ou defender comportamentos, reagir impulsivamente… Por outro lado, quando você desativa o ego, perde o interesse em discutir, competir, agredir, criticar, julgar, ficar na defensiva … Isso não quer dizer que seremos passivos, mas que escolheremos, antes de mais nada, a paz mental diante das situações, algo que só se consegue sendo muito ativo (fazendo escolhas sábias) e não reagindo automaticamente.
Há muitas técnicas e teorias sobre como acabar com o ego, talvez a menos conhecida seja matá-lo de tédio.
E como se faz isso? Deixando de reagir com os outros egos, não se alterar à menor provocação ou agir mecanicamente. Se trata de escolher uma resposta elaborada, sem dar atenção à voz arrogante que está dentro de nós sempre procurando problemas.
O contexto em que os egos conflitam se encontram em todos os tipo de relações: familiar, social, profissional e conjugal… Alguns pensam que mudar de relação resolve o problema. Mas não é assim.
Fugir das relações conflitantes não é a solução, pois a dor permanece latente no inconsciente. Sem dúvida, o problema reaparece, desta vez em outro lugar, em outro momento e com outra pessoa. Só resolvemos esses problemas se pararmos de julgar e criticar, se aceitarmos os outros como são, sem querer mudá-los, mesmo que para o bem.
O ego é como o seu cão. Este tem que seguir você, não o inverso. Você precisa fazer com que o cão te siga. Não o mate, dome-o.
“Não há nada de errado em alimentar o ego de uma mulher, o problema é quando ela sacia a auto-estima e começa a encher a barriga de orgulho".
João Paulo Diniz
O perigoso jogo do ego consiste em criar uma identidade por identificações. Uma vez criada, as diferenças com outros egos são procuradas. Quanto maiores forem essas diferenças, mais problemas decorrem do conflito, uma cruzada estúpida para defender as supostas diferenças.Uma luta fútil, um conflito de egos que tem como única consequência possível o sofrimento psicológico. Além disso, o ego gosta de criar um molde para si mesmo e outro para quem cruza o seu caminho. Se a pessoa se ajustar, ele vai amá-la; caso contrário, ele vai odiá-la.
Mas o jogo favorito do ego é tentar mudar os outros, sem fazer nenhum esforço para mudar a si mesmo.
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