Crescem sem pedir licença à vida.
Eugênia Puebla é uma professora argentina, especialista em educação em valores humanos. Este é um de seus textos em que apresenta sua concepção de educação familiar.
Eugênia Puebla é uma professora argentina, especialista em educação em valores humanos. Este é um de seus textos em que apresenta sua concepção de educação familiar.
"Responda-lhe, não o instrua.
Proteja-o, não o cubra.
Ajude-o, não o substitua.
Abrigue-o, não o esconda.
Ame-o, não o idolatre.
Acompanhe-o, não o leve.
Mostre-lhe o perigo, não o atemorize.
Inclua-o, não o isole.
Alimente suas esperanças, não as descarte.
Não exija que seja o melhor, peça-lhe para ser bom e dê exemplo.
Não o mime em demasia, rodeie-o de amor.
Não o mande estudar, prepare-lhe um clima de estudo.
Não fabrique um castelo para ele, vivam todos com naturalidade.
Não lhe ensine a ser, seja você como quer que ele seja.
Não lhe dedique a vida, vivam todos.
Lembre-se de que seu filho não o escuta, ele o olha.
E, finalmente, quando a gaiola do canário se quebrar, não compre outra...
Ensina-lhe a viver sem portas".
-Eugênia Puebla-
De fato que esse texto não se propõe a indicar uma receita sobre como devemos educar nossos filhos, mas nos alerta a termos cuidado com os exageros e que nossas crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados.
Crescem com uma estridência alegre e, às vezes com alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem de repente.
Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias, e da ditadura das horas.
E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros.
Principalmente com os erros que esperamos que não se repitam.
Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos filhos.
Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.
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