Esse medo de depender e de se comprometer

São pessoas que cortam uma relação que está legal porque têm medo de que fique mais legal ainda. Dar certo é a pior coisa que pode acontecer. Porque dar certo e ter algo bom na vida é uma forma de talvez se tornar dependente, de acabar precisando, de sofrer se acabar.
Amor próprio
Me pergunto se as pessoas que escolhem terminar por medo de sofrer se terminarem se dão conta de que, na verdade, estão escolhendo viver exatamente o que não querem viver.
Quando você interrompe uma relação que está legal porque teme que ela evolua e depois termine e você fique triste, é você quem está escolhendo não ter essa coisa legal na sua vida. A outra pessoa talvez estivesse super empolgado com você e foi você quem não deu a chance de aquilo se tornar algo que poderia ser lindo para os dois.
Esse medo de depender, de precisar, de se comprometer e depois sofrer faz com que as pessoas prefiram não ter nem as alegrias.
Tenta-se a todo custo controlar os sentimentos e esquece-se de viver o presente.
Por que não viver aquela relação que está acontecendo ali no momento? Por que se preocupar tanto com o que significa andar de mãos dadas, dormir junto, mandar trecho de livro, ligar no dia seguinte?
O que eu quero dizer é que esse medo de ficar vulnerável é tão profundo e tem tantos desdobramentos, que muitas pessoas preferem não demonstrar carinho por medo de serem “mal interpretadas”. O raciocínio é, por exemplo: “não vou passar a noite pra não achar que eu quero namorar”; “não vou mandar mensagem pra ela hoje, senão ela vai achar que eu tô querendo algo mais sério”; “não posso ficar muito tempo abraçado depois do sexo pra não passar a ideia errada”. E aí a pessoa pega todo um conjunto de rituais considerados “coisa de casal” no senso comum e evita reproduzi-los mesmo que tenha vontade de fazer tais coisas.
Há uma tentativa tão forte de marcar as diferenças entre ser ou não ser um casal, estar ou não estar envolvido, que acaba que sexo casual vira sinônimo de distância e desinteresse. O resultado é sexo casual sem vínculo, sem carinho, sem amizade, sem intimidade. Como é que se desenvolve intimidade com alguém, sendo sempre tão retraído?
E ainda tem a pessoa que termina com você porque te acha envolvido/a demais só porque você é legal, atencioso/a, simpático/a. A pessoa que não quer relacionamento sério e acha que a melhor maneira de deixar isso claro pra você e não te dar falsas esperanças é ser fria, distante e evitar qualquer tipo de intimidade que não seja ficar pelado se lambendo.
Te perguntar se você quer algo sério ou se está se envolvendo, nem pensar. O modus operandi é não ser legal para você não se apaixonar. É tanta coisa pressuposta e não conversada e tanto passo programado, que não sei onde sobra espaço pra naturalidade, pra diversão, pra amizade e pra de fato aproveitar a experiência de estar com aquela pessoa.
É muito triste pensar que tanta gente sinta só “ter permissão” pra ser atenciosa e carinhosa e receber atenção e carinho quando está apaixonada querendo um relacionamento sério e, mais, quando tem certeza de que é correspondida nesses sentimentos. Acho que é isso que resulta em tanto sexo casual ruim, com pessoas que de verdade não se importam uma com a outra. Porque a neurose é tão grande, que se vive optando entre os dois extremos de não querer saber nada da pessoa ou querer saber absolutamente tudo sobre ela. Se você só curte fazer sexo com amor, é uma coisa, mas, se você sente que essa é a única alternativa a fazer sexo horrível com gente que não está nem aí, com gente com quem você não quer casar, mas gosta de bater papo,com gente que não vai ligar no dia seguinte e isso não vai significar nada, porque ambos estão bem sem ter que se falar todo dia pra provar alguma coisa,com gente que faz carinho sem precisar estar apaixonada pra ser carinhosa ,com gente que cozinha pra você. Sexo apaixonado com gente que você adora, mas não precisa que seja pra sempre, com seu melhor amigo  e com aquele cara que nem é seu melhor amigo, mas é super gente boa. Aquela pessoa que lembra de você toda vez que vê na internet alguma coisa que você gosta e te mostra sem que ambos fiquem preocupados de estarem quebrando as regras de uma relação casual. Sexo sem medo de acabar se apaixonando, sem medo de ser a última vez que você faz sexo com aquela pessoa.Tem alguma coisa muito errada acontecendo no mundo.
Mas, sério, se você gosta de sexo casual, faça  com respeito, interesse, amizade e afeto .
Texto original por Laura Pires e reproduzido aqui por Sérgius Fonsecca
Já estou caindo no clichê de viver o momento sem pensar no amanhã e no que as coisas vão dar e vou parar por aqui.
A rigidez mental do orgulho
Muitos dizem que as pessoas boas são tão inocentes que os outros se aproveitam disso. 
Na verdade, é o nosso orgulho que nos mantém sempre na defensiva.
“A nossa personalidade sempre nos traz problemas, mas é o nosso orgulho que nos mantém neles”.-Esopo-
Muitas vezes o nosso orgulho é um obstáculo que nos impede de mostrar como realmente somos.
 A minha bondade supera o meu orgulho
A nossa interação e comunicação se tornam frias e distantes, o ego se manifesta para tentar nos proteger do que acreditamos que seja perigoso, permanecemos vigilantes sem a possibilidade de relaxar.
Mantemos a nossa bondade escondida quando decidimos optar pelo orgulho. Ser dominado pelo orgulho pode se transformar em um problema que nos faz desconfiar dos outros, com a sensação de que devemos nos proteger contra tudo o que nos rodeia.
A bondade pode ser aprendida.
A nossa essência é feita de bondade e inocência, de segurança e confiança, que nos permitem expressar essa atitude. Esta qualidade humana se manifesta desde a infância em atos de amabilidade, de respeito e gratidão. O amor é um dos frutos da bondade, por isso é tão importante cultivá-lo.
Muitas vezes as pessoas confundem ser bondoso com submissão, inocência e falta de personalidade. Dizem até que são pessoas fracas e indefesas. Nada está mais longe da realidade. As pessoas bondosas são tão fortes que não precisam se proteger o tempo todo.
Uma pessoa bondosa escolhe o caminho da rejeição ao orgulho que limita as nossa boas ações e a nossa abordagem acolhedora quando interagimos com os demais. Ela decide ficar em paz para se conhecer melhor e estar sempre em harmonia com os outros e consigo mesma.
“O único símbolo de superioridade que eu conheço é a bondade”.-Ludwig van Beethoven-
O significado do nosso orgulho.
O orgulho é uma atitude que nos impede de crescer e desenvolver todas as nossas potencialidades. Nós não assumimos os nossas erros e, portanto, não aprendemos com eles. Responsabilizamos os outros pelo que acontece conosco e alimentamos o nosso ego com a irresponsabilidade.
“Os infinitamente pequenos têm um orgulho infinitamente grande”.-Voltaire-
Quando nos sentimos pequenos, temos a necessidade de compensar esse sentimento através do orgulho, fingindo que somos melhores do que os outros. Esta atitude é ridícula e prejudicada os nossos relacionamentos pessoais; ninguém gosta que o façam se sentir inferior e, então, surgem os conflitos.
O orgulha disfarça as nossas fraquezas, as nossas emoções e sentimentos. Mostramos uma eficiência que não possuímos, quando na realidade queremos o reconhecimento dos outros. A verdadeira força vem de dentro de nós, daquilo que realmente desejamos, sem nos preocuparmos com a aceitação externa.
A bondade nos faz mais felizes.
A manifestação do orgulho é a prova de que algo não funciona bem. Talvez sejam crenças enraizadas que não queremos enfrentar, talvez nos sintamos fracos, inferiores e incompetentes. A angústia de tudo o que não podemos admitir sobre nós mesmos nos torna altivos, arrogantes e superficiais.
Uma atitude solidária permite que tenhamos atos bondosos e desprende essa máscara desnecessária que é acreditar que somos superiores aos outros. Quando valorizamos a amabilidade, a gratidão e o respeito, somos capazes de acabar com esse sentimento de inferioridade.
Cultive uma atitude de bondade, espontaneidade, gratidão, o calor da confiança e a cooperação para ser feliz. São chaves simples, e quando as aplicamos na nossa vida diária, recebemos um tratamento mais humano, temos relacionamentos mais saudáveis, e deixamos ir a necessidade de gratificações ou recompensas para nos sentirmos bem.
“As pessoas boas, se você pensar um pouco sobre isso, são sempre pessoas alegres”.
 -Ernest Miller Hemingway-
Por:Sérgio Martins  
A bondade é uma das qualidades que nos torna mais humanos, porque nos une uns aos outros com respeito e de forma amorosa.


Todo mundo erra sempre e sempre vai errar.
Essa afirmativa está correta, porque a terra é um planeta de provas e expiações, o que quer dizer que neste mundo não há ninguém perfeito.
A perfeição é uma meta que todos nós alcançaremos um dia, mas não pode ser encontrada no atual estágio evolutivo da humanidade terrestre.Não é outra a razão porque todos ainda cometemos erros, embora muitas vezes tentando acertar.
Tudo isso é fácil de entender, dirão alguns. E mais fácil ainda é tentar justificar as próprias faltas com a desculpa da imperfeição.
Admitir, portanto, que cometemos falhas mais vezes do que gostaríamos, não é difícil. Também não é difícil tolerar os escorregões dos nossos afetos.
No entanto, se você admite que "todo mundo erra", porque é tão difícil relevar as imperfeições alheias?
Porque é tão fácil justificar os próprios erros e tão difícil aceitá-los nos outros?Se quebramos um copo, por exemplo, logo nos desculpamos dizendo que foi sem querer, e pode ter sido mesmo. Mas, se é outra pessoa que o faz, já achamos uma maneira de criticar, dizendo que é descuidada ou não prestou a devida atenção no que estava fazendo.
Se a esposa não conseguiu servir o almoço na hora que deveria, é porque ficou de conversa fiada com alguma amiga. Mas quando você é o esposo e não dá conta de entregar um serviço no prazo, é porque é um homem muito atarefado.
Tolerãncia nos erros alheios

Quando o marido chega em casa nervoso e irritado, é porque está sobrecarregado de problemas, mas não desculpa se a esposa está impaciente por ter passado o dia todo ouvindo choro de criança e atendendo as tarefas da casa.
Se você é a esposa e tem seus motivos para justificar a falta de atenção com os filhos, em determinado momento, pense que seu esposo também tem suas razões para justificar uma falta qualquer.
Se você é filho e acha que está certo agindo desta ou daquela maneira, entenda seus pais, pois eles também encontrarão motivos para justificar seus deslizes.
O que geralmente ocorre, é que não paramos para ouvir as pessoas que transitam em nossa estrada. O que é mais comum, é criticar sem saber dos motivos que as levaram a se equivocar.
Se temos sempre uma desculpa para nossas faltas, devemos convir que os outros também as têm.
Se assim é, por que tanta inquietação com as ações que julgamos erradas nos outros?
Não temos a intenção de fazer apologia ou defender o desculpismo, mas, simplesmente, chamar a atenção para o fato de que todos estamos sujeitos a dar um passo em falso. E por isso devemos, no mínimo, entender quando isso acontece.
Se todo mundo erra, temos mais motivos para a tolerância e o perdão.
E se ninguém é perfeito, mais razão para entender as imperfeições alheias.
Ou será que só nós temos o direito a tropeçar?
Pense nisso!
A terra é uma escola de aperfeiçoamento da humanidade.
As pessoas que aqui estagiam, estão se preparando para conquistar mundos mais adiantados, universidades mais avançadas.
Por essa razão, vale a pena prestar atenção no seu aproveitamento pessoal, e deixar aos outros o dever de cuidar dos próprios atos.
Pois a cada vez que deixamos o corpo físico, pela desencarnação, uma nova avaliação é feita e todos, sem exceção, receberemos conforme nossas obras.
Pense nisso! Veja tambem ...Tudo na vida é temporario
(Equipe de Redação do Momento Espírita)
Quando uma porta se fecha ,outras se abrem
Às vezes sentimos que quando algo termina, o mundo cai sobre as nossas cabeças de forma precipitada. 
Contudo, existe outra forma de encarar isto, e é que talvez estejamos sendo abençoados com a dádiva de uma nova possibilidade de começar outra aventura excitante.
Proponho a vocês um exercício de reflexão. Nos próximos minutos, vamos nos perguntar por que as portas se fecham, que experiência e sabedoria cada uma delas nos deixa e como podemos aproveitar estes conhecimentos para abrir novos mundos cheios de oportunidades.
“Não seja como a maioria que morre esperando a sua oportunidade e passa a vida dizendo: acontece que a minha não chegou.” -Héctor Tassinari
Por que uma porta se fecha?
por que as portas se fecham
Você já pensou alguma vez em por que uma porta se fecha? Não se esqueça de que estamos falando em sentido figurado. Uma porta física pode ser fechada por um empurrão, pelo vento, por acionar a fechadura, por distração… existem muitas possibilidades.
Agora vamos extrapolar um fechamento de portas para a vida humana. Por que se fecham ou as fechamos? Existem muitos motivos nos quais podemos pensar, situados em dezenas de possíveis cenários. Vejamos alguns:
Um relacionamento amoroso que acaba. Você pode pensar que quando já não existe mais nada pelo que lutar em um relacionamento, você fecha a porta, já que onde anteriormente houve chamas e um fogo poderoso, já não restam nem sequer brasas ou cinzas.
Uma amizade que acaba. Às vezes um bom amigo pode nos trair tanto que somos incapazes de perdoá-lo. Fechamos a porta para evitar que continue nos machucando e acabamos com um relacionamento para nos afastarmos da dor.
•Um trabalho que acaba. Muitas vezes, em trabalhos onde não estamos felizes ou porque surgem novas oportunidades de negócio, decidimos abandonar e procurar outros caminhos profissionais. Às vezes são decisões dolorosas e difíceis de tomar.
O que acontece ao fechar uma porta?
Na maioria das vezes, fechar uma porta supõe uma dor enorme. Se você tem que abandonar o seu companheiro porque já não existe nada do que houve antes, acabar o seu relacionamento de amizade com alguém, deixar um trabalho no qual você foi feliz, ir embora da cidade onde você mora… tudo isso pode provocar um grande sentimento de tristeza.
Muito bem, agora pensemos nas circunstâncias que nos levaram a fechar estas portas. 
Por que chegamos a este ponto? 
O que aconteceu para que eu tenha que deixar o meu companheiro ir embora, uma pessoa que um dia foi o centro da minha vida? Por que tenho que ir embora da cidade onde sou feliz?
Reflita bem e sem pressa sobre as decisões que você tomou e por que chegou até esta situação. 
Não comece a julgar os outros sobre tudo que está lhe acontecendo, mas encontre também a sua parte de responsabilidade, porque sempre existe alguma coisa que talvez você pudesse ter feito melhor ou que deveria ter dito antes. Ou talvez não, mas é importante que você tenha isto bem claro, que você analise e aprenda.
Novas portas se abrem.
Agora, uma vez que fechamos a porta e refletimos sobre os fatos que nos levaram a esta situação, chega o momento de descobrir novas oportunidades e desfrutar do mundo que se abre diante de nós. Abrace-o com todas as suas forças, porque ainda há muito por fazer.
“Um problema é uma oportunidade para você fazer o seu melhor esforço.”-Duke Ellington-
Você passou por uma má experiência tendo que fechar a porta para alguém ou algo que você amava, que lhe importava ou que lhe importunava. Já refletiu e aprendeu duras, mas sábias lições após o acontecido. 
Agora, com essa nova experiência adquirida, você precisa olhar para o futuro com otimismo e descobrir as novas oportunidades que se abrem diante dos seus olhos.
Você tem mais experiência e sabedoria. Use-as para aprender com as jogadas erradas e evite repeti-las. Aprenda com os momentos em que você trabalhou no caminho certo e reforce seus comportamentos em futuras experiências. Aproveite todas as oportunidades que a vida lhe oferece.
Nada termina. Tanto se você abandona uma pessoa querida como se você perde um grande amor, a sua vida não acaba. Ainda há muito por fazer, um grande número de portas para abrir, aventuras das quais desfrutar, gente para conhecer, trabalhos para começar, cidades para visitar.
A mente é maravilhosa
o tempo coloca tudo no seu devido lugar
Se existisse olho por olho, o mundo estaria cego.
A vida segue seu rumo, embora nem sempre seja da forma que desejamos ou esperamos. O tempo não tem pressa; é um juiz sábio que não julga imediatamente.
Quando não gostamos de alguma coisa ou sofremos alguma injustiça, recorremos à ideia do “destino como justiceiro“. 
No entanto, isso é só uma maneira de fechar os olhos, para não ver o que não podemos controlar.
Esse tipo de comportamento nos tranquiliza e acreditamos que nossa felicidade não corre perigo. 
Digamos que acreditar em um mundo justo é uma espécie de autoengano que nos leva a ignorar tudo o que nos incomoda.Em todo caso, existem pessoas maldosas que gostaríamos que recebessem o castigo que merecem, por isso fantasiamos essa ideia de que o mundo é justo.olho por olho na vida
Precisamos e gostamos de acreditar nisso para vivermos com tranquilidade. 
Nossa mente precisa acreditar que podemos controlar tudo, mas na verdade só podemos controlar uma pequena parte das nossas experiências.
Não podemos esperar que coisas boas aconteçam se não agirmos nesse sentido. O que é realmente eficaz é “suar a camisa”, para ter chances de ganhar uma concorrência. Mas, mesmo assim não temos a garantia de nada, nem mesmo sorte.
O que fiz para merecer isto?
Muitas vezes não é justo o que acontece conosco, mas essa ideia de igualdade só existe na nossa mente. Isso não é ruim, na medida em que nos ajuda a nos proteger e a organizar nosso mundo interno.
Seria muito difícil viver sem medo, sem pensar nas desgraças que podem acontecer e sem enfrentar dificuldades. O importante é enfrentar e trabalhar contra as injustiças, em vez de adotar uma postura passiva como é a nossa característica.
Precisamos evitar cair na armadilha da vitimização e das queixas; e plantar as sementes que nos permitam equilibrar as forças, da mesma forma que um atleta treina todos os dias para ter uma chance de ganhar a competição.
Ser uma boa pessoa não é garantia de que só aconteçam coisas maravilhosas, assim como ser mau não trará somente desgraças para sua vida. O importante é tentar melhorar a cada dia e se preocupar com o que fazemos com a nossa vida e com a dos demais.
O tempo não tem tudo em suas mãos, nós somos os responsáveis por deixá-lo atuar e organizar o nosso destino. Lembre-se de que as pessoas mais felizes não têm sempre o melhor de tudo, mas sempre veem o lado bom de tudo o que lhes acontece.
Por: Raquel Brito
"Desejamos que isso realmente aconteça, que a vida se encarregue de punir aquelas pessoas que causam sofrimentos e que nos recompense pelas nossas boas ações.

No entanto, não podemos dizer que isto é falso ou verdadeiro, porque os projetos do destino estão além da nossa compreensão. O que acontece na verdade é que esse ditado é mal compreendido".
Nós já ouvimos centenas de vezes que “o tempo coloca tudo no seu devido lugar”, mas será que é isso mesmo?
Tenho muitas conquistas silenciosas
Na verdade, as minhas maiores conquistas só eu sei. 
Elas são grandes para mim, mas pequenas para o mundo externo. 
Não sacrifique sua paz
É uma horta que fiz lá em casa, um sentimento que eu tinha pavor que reaparecesse e, finalmente, aprendemos a lidar com ele, um mimo que consegui dar para a minha mãe de aniversário, um impulso que controlei em um momento importante da minha vida, uma parte do livro que demorei muito para terminar, mas consegui deixar do jeito que eu gostaria… são pequenas conquistas que guardo comigo e me condecoro por elas.
Dormir na posição maluca que você costuma dormir, seja ela qual for, e acordar sentindo que teve uma ótima noite de sono é uma sensação impagável! Não há dinheiro, noites de sexo com pessoas que já transitaram em capas de revistas ou jatinhos adesivados com o seu nome que supram a alegria que é dormir com paz. Sim, existem pessoas que adesivam jatinhos com o próprio nome.
 Existem coisas maravilhosas na vida, como ter cachorros peludos, viajar sem destino e comer doces que sujam os dedos, mas, honestamente, não acredito que exista nada melhor e mais acolhedor do que dormir com a consciência tranquila.
Acontece que tenho um apreço muito grande por ter paz e equilíbrio, por coisas simples e espontâneas, por coisas que meu dinheiro possa comprar – sem me endividar até o pescoço – , por mais simples que elas sejam. Gostar de coisas verdadeiras e suas é um grande passo para o amor próprio. Às vezes sentado na varanda da minha casa e ouvindo o barulho único da chuva, fico pensando como é bom ter saúde. 
Logo após filosofar sobre o fato de ter saúde, penso como é bom ter um animal de estimação, como é bom tomar sorvete de casquinha no calor; caminhar pela cidade ouvindo música; tomar um café pela manhã cedinho com direito a pão com manteiga, ovos e um café quente e feito na hora; são coisas tão simples e que nos criam uma felicidade muita genuína.

Observo tantas pessoas presas ao material, ao estético, a vaidade, preocupados com a bandeira do cartão de crédito e com a logomarca dos sapatos, com os seguidores nas redes sociais e com o tamanho da televisão da sala de estar. Não que não possamos gastar o nosso dinheiro como bem queremos, mas talvez soe interessante nos questionar se no fundo fazemos tudo isso realmente por nós ou por "mera aprovação dos outros". 
E um dia toda essa energia gasta em suprir as expectativas dos outros pode não devolver a autoestima e companhia sincera que você acha que comprou.
Compre  o que você quiser, mas não sacrifique a sua saúde mental e financeira como se isso fosse um passo necessário para o seu bem-estar. Faça o procedimento estético que desejar, mas nunca deixe de compreender e admirar a beleza que já é sua. 
Coloque na internet as fotos que você quiser, mas não deixe de viver o presente, a entrega e a verdade que aquele momento pede. 
Faça o que lhe vier à mente, mas não deixe de pensar em quem você é, pois, eu se fosse você, não sacrificaria a minha paz para alimentar o meu ego.



Escolha suas batalhas
Se eu lhe perguntar o que você quer da vida e você disser algo como “Quero se feliz, ter uma família maravilhosa e um emprego de que eu goste”, essa é uma resposta tão comum e previsível que não significa nada.
Todo mundo gosta do que é bom. Todo mundo quer ter uma vida sem preocupações, feliz e fácil; se apaixonar, ter relacionamentos incríveis, parceiros sexuais  fantásticos, ser lindo, ganhar dinheiro, ser popular, respeitado, admirado e tão foda que as multidões se abrirão como o Mar Vermelho quando você passar.
Batalhas você escolhe
Todo mundo quer isso. É fácil querer  isso .Uma pergunta mais interessante, que a maioria das pessoas nunca considera, é: “Qual dor você quer na vida? Pelo que você está disposto a lutar?” Porque isso é muito mais determinante na definição do seu futuro.
Por exemplo, muita gente quer ter a melhor sala do escritório e ganhar rios de dinheiro — mas não é qualquer um que está disposto a trabalhar sessenta horas por semana, fazer longos trajetos indo e voltando do escritório, preencher uma montanha de papelada odiosa e vencer hierarquias corporativas arbitrárias só para escapar dos opressores cubículos infinitos.
Muitas pessoas querem o melhor sexo do mundo e um relacionamento incrível, mas nem todas estão dispostas a enfrentar as DRs, os silêncios constrangedores, a mágoa e o drama psicológico necessários para construir isso. Então, se conformam. Elas se conformam e passam anos se perguntando “Poderia ser diferente?”, até que a pergunta passa a ser “Poderia ser com alguém diferente?”. 
E, quando os papéis são assinados e o cheque da pensão está preenchido, pensam: “Por quê?” 
Se não foi porque você tinha padrões e expectativas baixos vinte anos atrás, então foi por quê? Porque a felicidade exige esforço. 
Ela se origina dos problemas. A alegria não brota do chão como margaridas e arco-íris. Satisfação e propósito genuínos, sérios e duradouros devem ser conquistados pela escolha e pela maneira como conduzimos nossas batalhas. Sofra você com ansiedade, solidão, TOC ou um chefe imbecil que estraga metade do seu dia, a solução é aceitar e mergulhar ativamente nessa experiência negativa — não evitá-la, não fugir dela. Muita gente quer ter um corpo maravilhoso, mas ninguém consegue isso sem passar pela dor e pelo cansaço físico de gastar horas e horas dentro de uma academia ou calcular tudo que come, planejando sua vida em minúsculas
porções. 
Há quem queira abrir um negócio, mas ninguém se torna um empreendedor bem-sucedido se não encontrar um jeito de avaliar o risco, a incerteza, os muitos fracassos, a quantidade insana de horas dedicadas a algo que pode render absolutamente nada. A maioria das pessoas quer encontrar um parceiro, mas ninguém conquista uma pessoa maravilhosa sem saber lidar com a turbulência emocional  causada pelas rejeições exaustivas, com a tensão sexual reprimida e com a obsessão em olhar fixamente para um celular que nunca toca. Tudo isso faz parte do jogo do amor. É impossível ganhar sem jogar.
O que determina o sucesso não é “De que prazer você quer desfrutar?”. A questão relevante é: “Qual dor você está disposto a suportar?” O caminho da felicidade é cheio de obstáculos e humilhações. Você tem que escolher alguma coisa. Não dá para levar uma vida sem dor. Nem tudo são rosas e unicórnios o tempo todo. A pergunta sobre o prazer costuma ser fácil, e quase todos nós temos uma resposta parecida. Interessante mesmo é a pergunta sobre a dor. Qual dor você prefere tolerar? Essa é a pergunta difícil porém relevante, a pergunta que vai levá-lo a algum lugar. É a pergunta que pode mudar perspectivas, vidas. É o que faz de mim quem eu sou, que faz de você quem você é. É o que nos define, nos distingue e, no final das contas, nos une.
É o componente mais simples e básico da vida: as batalhas determinam as conquistas. Os problemas criam a felicidade, junto com problemas um pouco menores e mais atualizados. Veja bem: trata-se de uma interminável espiral ascendente. 
Se você acha que em algum momento terá permissão para parar, infelizmente não entendeu nada. Porque a alegria está na subida.
Mark Manson 
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