A lógica dos relacionamentos
Os relacionamentos amorosos estão
seguindo a lógica do mercado. 
As pessoas estão buscando prazer sem esforço, sem dificuldades, assim, os laços estão se tornando cada vez mais frouxos.
Sèrgius
Nesse mercado do amor, uma relação dura somente até quando consegue oferecer uma boa dose de prazer. Quando surgem as primeiras dificuldades, os laços frouxos são desatados.
Rapidamente, e uma nova busca é feita no mercado, com o intuito de encontrar “coisa melhor”. Dessa forma, a habilidade empática não é trabalhada, não existe um espaço para se trabalhar as diferenças, pois a relação só dura até quando não oferecer
problemas.
O ser humano atual continua buscando relações íntimas, ele não quer ficar sem se
relacionar, porém, foge dos laços duradouros. Busca-se o menor envolvimento possível, visando com isso não perder outras oportunidades, e escapar das dificuldades e dissabores inerentes aos laços duradouros.
O resultado disso é uma constante insegurança, e um constante sentimento que pode ser traduzido como: “Será que esse relacionamento está me dando tudo que ele pode dar. Será que eu não conseguiria coisa melhor?”. 
Nesse sentido, o mercado do amor está muito parecido com um shopping Center com mercadorias em promoção, onde existem promessas de muito prazer a preços baixos.
No caso das mercadorias, o vendedor sempre oferece um período de garantia, e promete trocar o produto caso ele apresente algum defeito de fabricação. 
Mas no mercado do amor não existem garantias, assim, a insegurança acaba sendo maior e, consequentemente, também se torna maior o medo de tentar se envolver mais profundamente com alguém. Portanto, para fugir dos perigos, as pessoas procuram relacionamentos instantâneos, ou seja, procuram o prazer numa relação que
não dura o suficiente para trazer problemas. Porém, essa estratégia acaba levando à triste questão: “será que serei trocado antes de eu querer trocar de parceiro?” — algo sempre pode sair errado no campo dos sentimentos humanos, visto que não controlamos completamente certas coisas. Às vezes um simples toque pode fazer tudo mudar e, se não for recíproco o desejo de permanecer — ou sair—, cai por terra qualquer estratégia de sair ileso.
Com o intuito de estabelecer estratégias eficazes para construir e regular seus relacionamentos, as pessoas buscam “[...] manuais de conquista, sites de relacionamentos, namoros virtuais, enfim, inúmeros artifícios utilizados para a escolha do parceiro ideal, que deve ser desprovido de defeitos e que não tenha outra coisa a oferecer, a não ser perfeição.” 
Mata-se assim o respeito pela diferença, bem como a beleza da construção de laços entre pessoas diferentes, mas capazes de, empaticamente, aprender a lidar com essas diferenças inerentes.Enfim, o fato é que, atualmente, influenciadas pelo modelo capitalista — que tem como valores principais a competitividade, instantaneidade, energia produtiva e consumista —, as pessoas estão buscando relacionamentos cada vez mais instantâneos.
Consequentemente, elas deixam de trabalhar suas habilidades empáticas, estas que são indispensáveis à manutenção dos laços humanos. Buscam relações pautadas no modelo custo e benefício, da mesma forma como se faz quando se compra algo no mercado. 
Porém, essa nova forma de se relacionar parece estar promovendo a insegurança no campo dos relacionamentos amorosos, visto que sempre existe a possibilidade de ser trocado, e de querer se envolver mais profundamente com alguém que deseja apenas uma relação pautada no custo e beneficio.
Os seres humanos costumam fugir daquilo que sentem. Nós Temos medo dos nossos sentimentos e, no cotidiano, costumamos utilizar “máscaras” para tentar esconder aquilo que sentimos. Esse ato de não permitir que os sentimentos fluam livremente serve para nos proteger de supostos embaraços, contudo, esconder os sentimentos — reprimi-los de forma grave —, revela-se, com o tempo, uma prática bastante prejudicial.
Conheça os seus sentimentos
© Anderson Cristiano da Costa
do Site PsiVida
www.psividaonline.com
Comunicação sem ofensa

A arte de se comunicar sem ofender

Oratória de um Presidente
Certo dia, li a seguinte parábola:
Uma sábia e conhecida história diz que, certa vez, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho. Exclamou o adivinho:
– Que desgraça, senhor! Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.
– Mas que insolente! Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui! - gritou o sultão enfurecido.
Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem 100 açoites. Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho. Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:
– Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.
A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso e ele mandou dar 100 moedas de ouro ao segundo adivinho. Quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:
– Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com 100 açoites e a você com 100 moedas de ouro... Respondeu o adivinho:
– Lembra-te, meu amigo, que tudo depende da maneira de dizer. Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Porém, a forma com que ela é comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas.
Todavia, o objetivo do presente texto não é enaltecer a oratória ou a redação do comunicador, mas sim a sutileza de como se transmite uma mensagem (o fino trato).
Pois bem. Percebe-se que na parábola há dois tipos de comunicadores; o primeiro, com palavras mais duras, informou que os parentes do sultão morreriam e, em consequência, foi penalizado pela ousadia; o segundo, por sua vez, transmitiu a mesma mensagem, entretanto, utilizou-se de palavras mais sábias, de modo que recebeu recompensas pela louvável atitude.
Entretanto, há diversas formas de defender um argumento crítico sem, necessariamente, ter que extrapolar os limites da polidez e da urbanidade. Para tanto, cumpre destacar o louvável trecho do grande escritor brasileiro, Machado de Assis:
"Se a delicadeza das maneiras é um dever de todo homem que vive entre homens, com mais razão é um dever do crítico, e o crítico deve ser delicado por excelência"...
 Não basta, apenas, dominar o uso do vernáculo, é necessário que se tenha “doçura nas palavras” e “sorriso na voz”, porque, agindo desta forma, abre-se margens para um diálogo franco, sadio e, sobretudo, pacífico. Fica a dica!
Fica, portanto, uma lição para todos nós, nobres Senhores (as)!
Wellington Daniel da Silvar: Site JusBrasil
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